Nos dias 2 e 3 de novembro realizou-se o III Festival dos Produtos Durienses em Sabrosa, uma mostra de identidade e afirmação importantíssimas para todos os municípios que integram o Douro.

Vila Real assumiu, uma vez mais, a sua presença durante todo o certame, onde teve oportunidade de exibir a endogeneidade de alguns dos seus produtos de atrativo turístico, nomeadamente o Barro Preto de Bisalhães, a Gastronomia, com possibilidade de degustação das Maravilhas do Covilhete e Crista de Galo, mas também do Pito de Santa Luzia, associado a uma forte tradição popular, celebrada a 13 de dezembro, com as mulheres a oferecerem este ex-líbris aos homens, para que no dia 3 de fevereiro possam receber a deliciosa Gancha de S. Brás.

Neste certame de proximidade foram ainda promovidos muitos outros ícones vila-realenses, como os Vinhos da Adega de Vila Real, a Latoaria, os Linhos de Agarez, Percursos Pedestres, Caminho de Santiago Interior, os Museus, a Rota das Tascas e tanto outro património que faz parte do quotidiano e da agenda anual de atividades do concelho de Vila Real.

Como autarca e enquanto vereadora do Pelouro do Turismo, Mara Minhava afirma “ser absolutamente estratégico que Vila Real participe, anualmente, em feiras nacionais e internacionais como a BTL - Lisboa; Xantar, Fitur, B-Travel, Expovacaciones ou Intur - Espanha, mas também no mercado de proximidade local com as nossas gentes, fazendo com que o nosso Município seja autêntico."

Realizou-se, no dia 5 de novembro, no Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus, a cerimónia de abertura do novo curso profissional de Técnico de Multimédia, no âmbito da assinatura de um novo acordo de cooperação entre o Município de Vila Real e a Iniciativa Educação.

Este evento contou com a presença de Nuno Crato, Presidente da Iniciativa Educação, que referiu que o que distingue este programa é o facto de ter desde o início uma colaboração estreita entre empresas, autarquias, escolas e estabelecimentos de ensino superior, explicando que “a escola conta com o apoio da autarquia para o desenvolvimento do curso, conta, desde o início, com empresas que ajudam a definir o curso para que seja o mais adequado possível às necessidades do mercado de trabalho, e conta com o apoio do ensino superior, neste caso a UTAD, para definir também os critérios mais académicos desse próprio curso e para garantir que o curso está atualizado”.

Alexandre Favaios, Vice-Presidente da Câmara Municipal, sublinhou a importância destas parcerias e disse que aquilo que se pretende “é a valorização da qualificação dos nossos jovens e, nomeadamente, a valorização do ensino profissional”, estas iniciativas provam que “com bons parceiros, com boas dinâmicas se consegue ter um ensino de extrema qualidade, dotando estes alunos de competências para depois tomarem as suas melhores opções, que podem passar no final deste percurso por entrarem imediatamente no mercado de trabalho, com um alto nível de qualificação, ou prosseguir estudos de nível superior”. Ricardo Montes, Diretor do Agrupamento de Escolas Morgado Mateus, destacou a mais-valia da articulação logo desde o primeiro ano com as empresas pois, deste modo, os alunos conseguem ter mais garantias de emprego”, referiu ainda o facto de o Agrupamento voltar, uma vez mais, a ser apadrinhado pela Iniciativa Educação, sendo uma das poucas escolas a nível nacional a ter dois cursos apoiados pela iniciativa Ser Pro, no ano passado com o curso de Auxiliar de Saúde e este ano com o curso de Multimédia.

Durante a tarde do dia 5 de novembro, os alunos do curso de Técnico de Multimédia tiveram a oportunidade de interagir com as empresas parceiras com quem irão trabalhar ao longo dos próximos três anos, ficando a par das oportunidades que têm ao seu dispor e esclarecendo questões sobre o seu futuro profissional e académico.

Recorda-se que este acordo foi assinado no âmbito do Ser Pro, o programa de promoção do ensino profissional da Iniciativa Educação, que tem como objetivos valorizar a formação dos jovens que escolhem o ensino profissional e reduzir o défice de técnicos especializados nas empresas. Foi concebido com o intuito de promover o reforço da colaboração entre escolas, empresas e municípios que, em articulação com instituições de ensino superior, desenvolvem ofertas de ensino profissional de qualidade, adequadas aos jovens e ao progresso do país.

No ano letivo de 2024/25, o programa Ser Pro está presente em 13 escolas, de norte a sul do país, e abrange um total de 16 cursos profissionais das áreas de Audiovisuais e Produção dos Media; Eletricidade e Energia; Eletrónica e Automação; Hotelaria e Restauração; Metalurgia e Metalomecânica; Produção Agrícola e Animal; Saúde; Tecnologias de Informação; e Turismo e Lazer.

Decorreu no dia 31 de outubro, no auditório do Conservatório de Vila Real, o 8.º Fórum da Saúde Mental, promovido pelo Município de Vila Real, pela ULS Trás-os-Montes e Alto Douro, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, pelo Núcleo Distrital de Vila Real da EAPN|EAPN Portugal/Rede Europeia Anti Pobreza, e pelo Rotary Club de Vila Real.

Esta oitava edição teve como tema “É hora de priorizar a saúde mental no local de trabalho”, visando sensibilizar a comunidade e promover o debate sobre as questões da saúde mental em contexto laboral. A sessão de abertura contou a intervenção de Ivo Oliveira, Presidente do Conselho de Administração da ULS de Trás-os-Montes e Alto Douro, Conceição Raínho, Pró-Reitora para a Saúde da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Maria José Vicente, Coordenadora Nacional da EAPN/Rede Europeia Anti-Pobreza Portugal, Isabel Garcia Cabral, Presidente do Rotary Club de Vila Real, e Mara Minhava, Vereadora do Pelouro de Ação Social, que frisou que “não há saúde sem saúde mental pelo que é fundamental continuarmos a debater e a refletir sobre o impacto da saúde mental na vida pessoal, familiar e profissional das pessoas, fomentando e apoiando a implementação de programas de promoção do bem-estar e da saúde mental da população como um investimento na prevenção”.

O Fórum, cuja moderação ficou a cargo de Paulo Vítor Lisboa, Psicólogo do Município, contou, na primeira parte, com a participação do Tenente Coronel José Emanuel Quintela Cardoso, Diretor do Departamento de Psicologia da Unidade de Saúde da GNR, que falou sobre a “Prevenção de riscos psicossociais na GNR”. Seguiu-se a apresentação de Cristina Pimentão, da Universidade do Porto, com o tema “O trabalho não pode doer! Porque a saúde mental é lucrativa”.

A segunda parte da ordem de trabalhos contou com mais dois painéis apresentados por Jóni Ledo, da Universidade da Beira Interior e Núcleo Distrital de Vila Real da EAPN, que falou sobre “Estigma, saúde mental, (des)emprego em grupos sociais minoritários: que implicações”, e Isabel Silva, da Universidade do Minho, que encerrou as apresentações com o painel dedicado ao “Conflito trabalho-família: avaliação dos efeitos às boas práticas”. A sessão de encerramento coube a Luís Mota Bastos, Chefe da Divisão de Ação Social e Saúde.

Esta última edição do Fórum de Saúde Mental voltou a ser um verdadeiro sucesso. O auditório do Conservatório teve lotação esgotada, contando com a participação de professores, profissionais de saúde, alunos universitários e cidadãos interessados nesta temática. A saúde mental é um direito humano universal, pelo que o Município de Vila Real considera importante debater e dar voz a estas questões.

A Rede de Bibliotecas de Vila Real e a Câmara Municipal organizaram, nos dias 25 e 26 de outubro, o III Encontro da Rede de Bibliotecas de Vila Real, subordinado ao tema “Inteligência artificial: oportunidades e desafios – contributos das bibliotecas escolares”.

Ao longo de dois dias, o III Encontro da Rede de Bibliotecas de Vila Real proporcionou a todos os participantes um espaço privilegiado de partilha e reflexão sobre as oportunidades e desafios que a Inteligência Artificial representa para a Escola.

No dia 25, a ordem de trabalhos iniciou com a reflexão do professor Eusébio Machado, Entre a Tecnofilia e a Tecnofobia, a necessidade de pensar o lugar da tecnologia na escola. Paulo Lisboa, Psicólogo, refletiu sobre alguns dados das neurociências que nos alertam para a necessidade de equilibro entre livros e ecrãs. Da parte da tarde, o Engenheiro Informático Tiago Pinto partilhou com os presentes o olhar especialista de quem estuda e investiga estes temas, nomeadamente, de que falamos quando falamos de IA, quais os riscos e os benefícios. Por fim, e para terminar em grande, a Arte. Eliseu Silva, violinista, maestro e professor, provocou grandes emoções na plateia (tocou, brilhantemente, violino) e grandes reflexões: o que a IA cria é Arte? Afinal, o que é a Arte?

No dia 26, os formandos tiveram a oportunidade de se inscrever nos diferentes workshops e aprofundar o conhecimento de forma mais específica e menos generalista por entre as diversas temáticas atuais como: a utilização da IA no ensino e aprendizagem: que futuro?, por Sílvia Meireles e Maria João Nascimento; a Integração pedagógica de IA com um Chatbot educativo, com a Cátia Valéria; o ChatGPT no apoio ao ensino e aprendizagem, com a Olga Carvalho e o Alexandre Breda; o Storytelling com recurso a ferramentas digitais e IA, pela Margarida Seixas; o eTwinning e IA: abrindo caminhos para o futuro da educação, com a Sandra Pinto e, por fim, a Inteligência Artificial e os novos caminhos da educação, com o José Luís Pinto. Da parte da tarde, continuou-se com a IA na sala de aula, por Jorge Borges, e as Ferramentas de IA para professores, com Cláudia Meirinhos.

O III Encontro da Rede de Bibliotecas de Vila Real finalizou com a conferência de encerramento – A Inteligência Artificial e as Bibliotecas Escolares, apresentada, de forma extraordinária, por Carlos Pinheiro.

O Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vila Real, Alexandre Favaios, reconhece o extraordinário trabalho que a RBVR tem realizado no sentido da afirmação das Bibliotecas como um dos motores centrais de aprendizagem nas Escolas, sendo o tema deste Encontro um bom exemplo disso.