O Município de Vila Real anunciou em conferência de imprensa que, no passado dia 27 de novembro de 2023, submeteu à Direção Geral do Património Cultural a candidatura de inscrição do Andor da Senhora da Pena no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
A formalização desta candidatura foi o culminar do trabalho de investigação que teve início nas festividades da Senhora da Pena de 2022, a cargo de uma equipa multidisciplinar, coordenada pelo Dr. Vítor Nogueira, constituída por investigadores, antropólogos, fotógrafos e videográfos, que, ao longo do último ano, recolheu e registou informações e depoimentos sobre esta tradição que remonta ao Século XVIII, que serão compilados num livro a apresentar no próximo mês de setembro, durante as festividades da Senhora da Pena.
Este processo foi desenvolvido pelo Município, em parceria com a União de Freguesias de Mouçós e Lamares e da Paróquia de Mouçós, cuja colaboração foi fundamental para garantir que este projeto chegasse a bom porto.
“Temos um património muito rico do ponto de vista cultural e humano e a melhor forma que temos de o preservar é inventariá-lo e estudá-lo. O trabalho agora feito é, seguramente, o mais rigoroso do ponto de vista técnico e científico e o único que compila num só documento toda a informação existente sobre esta matéria”, afirmou Mara Minhava, Vereadora do Pelouro da Cultura, adiantando ainda que esta candidatura, assim como outras que irão avançar a curto prazo, estava prevista no âmbito do Plano Estratégico Municipal da Cultura – Vila Real 2030.
O pároco de Mouçós, Márcio Martins, começou por “agradecer à Câmara Municipal e à União de Freguesias o trabalho de inventariação do Andor da Senhora da Pena”, mencionou ainda a relevância “do trabalho científico de consulta de fontes realizadas pela equipa, que permitirá ir para além da tradição oral”. O pároco referiu também a importância para as gentes da freguesia de ver reconhecido algo que é muito deles e que agora passará a ser de todos.
Hélder Afonso, Presidente da União de Freguesias, disse que “é muito importante para a freguesia de Mouçós e Lamares que a romaria da Senhora da Pena e o seu Andor sejam também reconhecidos a nível mundial", e que "todo este trabalho da recolha oral efetuado ao longo dos últimos meses vai garantir a perpetuação desta tradição que é assegurada por 11 aldeias, procurando cada aldeia dar sempre o seu melhor mantendo uma rivalidade saudável”. Recorde-se que o Andor é carregado por mais de cem pessoas e todos os anos ganha uns centímetros com o objetivo de o aproximar um pouco mais do Céu.
O Presidente da Câmara Municipal, Rui Santos, encerrou esta conferência de imprensa afirmando que é um orgulho valorizar o que é nosso, sublinhando que “o que é nosso é, em muitos casos, único em Portugal e no mundo”. “Obter esta classificação obrigou-nos a saber da história o que ajudará a globalizar e perpetuar no tempo este evento, este saber ancestral que, claramente, valoriza o nosso património cultural e humano” concluiu.
O Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis voltou a considerar a autarquia vila-realense como uma das Mais Familiarmente Responsáveis, distinguindo-a com a Bandeira Verde com Palma, atribuída às autarquias que consigam manter as políticas de apoio às famílias durante três ou mais anos consecutivos. Vila Real mantém-se, deste modo, no restrito lote das autarquias que, há 14 edições consecutivas, recebe esta distinção sendo, por isso, pioneira na adoção de medidas inovadoras de apoio às famílias e que contribuem para uma melhoria efetiva da qualidade de vida dos Cidadãos.
A Vereadora com os Pelouros da Ação Social, Saúde e Igualdade, Mara Minhava, manifestou a sua satisfação pela manutenção desta distinção que, como referiu “vem confirmar que Vila Real continua na linha da frente na implementação de políticas amigas das famílias, as quais têm vindo até a ser reforçadas face às dificuldades e desafios colocados, não só durante o período pandémico, felizmente já ultrapassado, mas também pela crise inflacionária que, naturalmente, exige uma intervenção particularmente atenta por parte das autarquias locais, dada a relação de proximidade que mantêm com os cidadãos”.
Autarquias Familiarmente Responsáveis são o reflexo do empenho do poder local na sustentabilidade do futuro, nomeadamente através da adoção de medidas facilitadoras da vida familiar dos seus munícipes, em particular para as famílias com três ou mais filhos. O Observatório foi criado em 2008 pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APNF) e tem como principais objetivos acompanhar, galardoar e divulgar as melhores práticas das autarquias portuguesas em matéria de responsabilidade familiar.
O Município de Vila Real apresenta a mais recente iniciativa voltada para a promoção da saúde e bem-estar da comunidade vila-realense, a rubrica quinzenal "Comer com Sabedoria".
É sabido que a saúde começa à mesa e, por isso, esta iniciativa revela-se como uma estratégia que vai ao encontro da consciencialização para a importância de uma alimentação saudável e equilibrada do ponto de vista nutricional.
Esta rubrica foi idealizada e elaborada pelas nutricionistas do Município, tendo como objetivo fornecer mensagens de educação alimentar direcionadas aos Encarregados de Educação e, indiretamente, às crianças. “Com a crescente preocupação em torno da alimentação, o Município reconhece a importância de transmitir às famílias informação credível, acessível e prática relacionada com esta importante temática”, referiu Alexandre Favaios, Vice-Presidente e Vereador do Pelouro da Educação e Ensino.
Deste modo, convidam-se todos os Encarregados de Educação e restante comunidade a explorar o conteúdo da rubrica "Comer com Sabedoria" que pode ser consultada no separador "Serviço de Almoços" no site do Município.
No próximo sábado, dia 13 de janeiro, o grande auditório do Teatro de Vila Real volta a ser o palco de mais um Encontro de Cantadores de Janeiras, uma iniciativa do Município de Vila Real que, ao longo dos últimos 29 anos, tem desempenhado um importante papel para a preservação desta tradição popular.
A longevidade do Encontro em muito se deve à fiel participação dos Grupos, alguns dos quais têm assinalado a sua comparência desde o primeiro ano. A estes Grupos se deve, de igual modo, a pesquisa, recolha e registo de um repertório popular que, de outra forma, se perderia. Através da promoção de iniciativas deste género o Município pretende valorizar o importante trabalho desenvolvido pelas associações culturais ao mesmo tempo que contribui para a preservação da memória e das raízes populares.
A entrada é livre, todos os vila-realenses estão convidados para assistir a este evento.